Desastres climáticos custam US$ 3 trilhões aos EUA

 

Organização registra 403 grandes eventos que causaram prejuízos superiores a US$ 1 bilhão cada desde 1980. Foto: FreePik

Os Estados Unidos enfrentam uma escalada alarmante de desastres climáticos, com perdas humanas e econômicas que chegam a US$ 2,9 trilhões (R$ 16 trilhões) desde 1980. Dados compilados pelo Climate Central revelam que, nos últimos 45 anos, o país registrou 403 grandes catástrofes, deixando quase 17 mil mortos – e a conta só aumenta.

Com o aquecimento global impulsionado pelas emissões de combustíveis fósseis, eventos extremos como enchentes, furacões e secas se tornaram mais frequentes e devastadores. O intervalo entre tragédias caiu de 82 dias nos anos 1980 para apenas 19 dias na última década, sobrecarregando os sistemas de emergência.

As recentes enchentes no Texas, que já mataram 130 pessoas, e os alagamentos em Nova York são exemplos da nova realidade climática americana. Só em 2024, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) contabilizou 27 desastres bilionários – quase metade do total registrado em toda a década de 1980.


Furacões lideram prejuízos

Embora tempestades severas sejam os eventos mais comuns, os ciclones tropicais (furacões) são os mais letais e caros: US$ 1,5 trilhão em danos, 53% do total. O Texas é o estado mais afetado (190 desastres), mas a Flórida tem a maior conta: US$ 452 bilhões, quase todos causados por furacões.


O banco de dados da NOAA, que monitorava esses eventos, foi desativado em 2024, limitando o acesso a informações cruciais. Para o Climate Central, a medida prejudica a capacidade de resposta e a conscientização sobre a crise climática.

Enquanto os EUA somam prejuízos históricos, a pergunta que fica é: quanto mais a economia – e as vidas – vão pagar pela inação?

*Com informações NOAA/Climate Central

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