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Cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente em Brasília (DF). |
"Essa conferência mostra que a mobilização social é essencial para políticas públicas eficientes", disse Marina Silva na abertura, acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros de pasta estratégicas. A última edição do evento ocorreu há 11 anos, e a retomada simboliza a reconstrução de espaços de participação desmontados no governo anterior.
COP30: Brasil quer liderar pelo exemplo
A 5ª CNMA também serve como preparação para a COP30, conferência da ONU que o Brasil sediará em Belém (PA) em 2025. A ministra também destacou que o país está formando uma "força-tarefa" para que a conferência não seja apenas promocional, mas um marco histórico no combate às mudanças climáticas.
"Temos que implementar o que já foi decidido: triplicar energias renováveis, acabar com o desmatamento e reduzir combustíveis fósseis", afirmou Marina, referindo-se ao Acordo de Paris e ao Consenso dos Emirados Árabes Unidos, firmado na COP28.
O objetivo, segundo ela, é manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C – meta central do Acordo de Paris. "Nossas leis, políticas e financiamentos precisam estar alinhados a isso", reforçou.
Justiça climática e participação popular
A 5ª CNMA priorizou a inclusão social, com 56% de delegadas mulheres e 64% de pessoas negras – grupos mais afetados pelas mudanças climáticas.
Antes da etapa nacional, mais de 900 conferências locais mobilizaram 2.570 municípios. Agora, os delegados devem selecionar 100 propostas finais, que serão anunciadas no encerramento.
Organizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio da Flacso Brasil e UnB, a conferência reforça o compromisso do governo com a transição ecológica e a democracia ambiental.
Fonte: Conteúdo produzido originalmente pelo ConectaEco que esteve presente na abertura do evento.