Evento internacional reforça proteção da Amazônia


Foto: Gui Alvarenga

De 8 a 10 de setembro, Tefé, no Amazonas, será palco de um encontro internacional que pretende redesenhar o futuro da conservação amazônica. O Amazon.I.A – Encontro Mamirauá vai apresentar como tecnologias de ponta, da inteligência artificial ao monitoramento acústico, podem se transformar em ferramentas estratégicas para proteger a maior floresta tropical do planeta.

O evento acontece no campus do Instituto Mamirauá, a 600 km de Manaus, e reunirá cientistas, representantes de centros de pesquisa dos países amazônicos, organizações filantrópicas e lideranças comunitárias. A proposta é ousada: integrar diferentes soluções tecnológicas — como satélites, sensores hiperespectrais, LiDAR, bioacústica e eDNA — em uma rede unificada de monitoramento em tempo real.

Mais do que um debate técnico, a iniciativa promete impacto direto para comunidades tradicionais e indígenas. A expectativa é que os sistemas de monitoramento tragam maior segurança contra atividades ilegais, além de informações valiosas sobre a disponibilidade de recursos naturais essenciais, como peixe e caça, apoiando práticas de subsistência locais.

Outro destaque será a apresentação do Acordo Mamirauá, um compromisso entre instituições nacionais e internacionais para acelerar a adoção de tecnologias na conservação e aproximar ciência, governos e comunidades. Para Emiliano Esterci Ramalho, diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, a proposta é clara.

“Promover o desenvolvimento, implementação e sustentação de tecnologias para monitorar a biodiversidade em escala amazônica”.

Impacto real na floresta

O Amazon.I.A chega em um momento crucial. Mesmo com a recente queda nas taxas de desmatamento, a Amazônia perdeu cerca de 377 mil hectares de floresta apenas em 2024, segundo o Imazon. O encontro, que antecede a COP30, reforça a importância da cooperação internacional e da integração entre ciência e saberes tradicionais para garantir que o monitoramento se traduza em políticas públicas eficazes.

Além das plenárias, o público convidado terá acesso a uma feira de inovação, onde startups e centros de pesquisa vão expor soluções aplicáveis ao cotidiano da floresta. A expectativa é que a tecnologia se transforme em aliada direta da conservação e do fortalecimento das comunidades amazônicas — protagonistas no cuidado da biodiversidade há séculos.


*Com informações da Assessoria de Imprensa.
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