Taxonomia Verde: confira o selo que vai moldar a economia do futuro

 

Foto: Vecteezy

Enquanto o mundo avança na regulamentação de práticas sustentáveis, a Taxonomia Verde surge como um selo essencial para definir o que é, de fato, um investimento verde. Mais do que um termo técnico, ela se tornará a base para decisões econômicas, políticas e regulatórias em 2025.

Conceito

A Taxonomia Verde é um sistema de classificação que estabelece critérios claros para identificar atividades econômicas sustentáveis. Seu objetivo é evitar o greenwashing — quando empresas ou projetos se apresentam como "verdes" sem comprovar benefícios reais ao meio ambiente.

Pilares fundamentais:

  •     Melhorias ambientais – Redução de impactos negativos no ecossistema.
  •     Redução de emissões – Alinhamento com metas de carbono zero.
  •     Eficiência no uso de recursos – Otimização de água, energia e matérias-primas.

Desafio Regulatórios

Enquanto a União Europeia e outros países desenvolvidos já possuem suas taxonomias há anos, o Brasil ainda busca equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Sem regras claras, há o risco de recursos destinados à sustentabilidade serem desviados para projetos que não cumprem seu propósito.

O Governo Federal trabalha na Taxonomia Sustentável Brasileira, prevista para 2026, que deve orientar políticas públicas e investimentos. Paralelamente, iniciativas como a Taxonomia Onda Verde, liderada pela Climate Ventures, buscam criar padrões alinhados às metas globais de emissão líquida zero até 2050.

Impacto Econômicos

Regulações internacionais, como a Lei Europeia contra o Desmatamento (EUDR) e o Mecanismo de Ajuste de Carbono (CBAM), já afetam produtos brasileiros como soja, carne bovina e café. Empresas que não se adaptarem podem perder espaço no mercado global.

No mercado financeiro, a Taxonomia Verde traz segurança para investidores, facilitando a comparação dos padrões ESG (Ambiental, Social e Governança) e reduzindo riscos. Estimativas indicam que o Brasil precisará de até R$ 15 trilhões até 2050 para cumprir suas metas climáticas, com investimentos em energia limpa, bioeconomia e infraestrutura verde.

Futuro Sustentável

A Taxonomia Verde não é apenas um conceito temporário — é uma revolução na economia global. Para o Brasil que tem um potencial imenso, representa uma oportunidade de liderar a bioeconomia, mas exige regulação robusta, inovação financeira e compromisso real do setor privado.

Em um ano marcado pela COP30, o país tem a chance de definir seu papel nessa transição. O desafio? Garantir que a sustentabilidade vire regra, não exceção.

Fonte: The Conversation

  

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