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Só em 2024, mais de 1,4 mil incêndios de grande porte foram controlados por equipes federais e locais. Foto: divulgação |
O Governo Federal iniciou em 14 de abril a campanha de combate aos incêndios florestais criminosos na Amazônia Legal. Com o slogan "Incêndio na Amazônia é Crime", a iniciativa busca conscientizar a população sobre os riscos das queimadas ilegais, que agravam a mudança climática e ameaçam o bioma amazônico.
A ação, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com estados e municípios, está sendo divulgada nos seis estados mais afetados pelas chamas: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima. A campanha utiliza TV, rádio, redes sociais e pontos de grande circulação para alertar sobre as consequências dos incêndios.
Conscientização e Repressão
A primeira fase da campanha foca na prevenção, destacando como a seca extrema — a pior em décadas — é intensificada pelas queimadas. O governo reforça que, só em 2024, mais de 1,4 mil incêndios de grande porte foram controlados por equipes federais e locais.
Já a segunda etapa aborda os impactos das queimadas na saúde, na fauna e no clima, além das punições para criminosos. Dados oficiais mostram que, este ano, 300 mil hectares foram embargados e R$ 500 milhões em multas foram aplicados em 232 autos de infração. A população é incentivada a denunciar pelo Disque Denúncia: 0800 061 8080.
Crimes Ambientais
Atualmente, provocar incêndios florestais pode render de 2 a 4 anos de prisão. No entanto, uma proposta enviada ao Congresso Nacional em outubro do ano passado prevê aumento da pena para 3 a 6 anos de reclusão. O projeto também inclui reparação por danos climáticos e permite investigações mais rigorosas, como interceptações telefônicas.
A medida visa coibir a ação de grileiros e madeireiros ilegais, responsáveis por grande parte dos incêndios. "O engajamento das comunidades locais é essencial para proteger a Amazônia", afirma André Lima, secretário do MMA.
Com a campanha, o governo espera reduzir os índices de queimadas e preservar o maior patrimônio ambiental do Brasil.
Fonte: MMA