Ultraprocessados: um risco à saúde e ao planeta, diz estudo

 

Foto: Vecteezy

Um estudo inédito do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que o consumo de alimentos ultraprocessados, como salgadinhos e biscoitos recheados, não só faz mal à saúde, mas também prejudica o meio ambiente.

A pesquisa analisou os hábitos alimentares dos brasileiros e reforçou a importância de adotar a “dieta planetária”, que prioriza alimentos naturais e sustentáveis.

Leandro Cacau, pesquisador do Nupens e um dos autores do estudo, explica: “A dieta planetária foi criada para ser saudável tanto para as pessoas quanto para o planeta, respeitando os limites ambientais”. Ela inclui frutas, vegetais e grãos, enquanto reduz ao máximo os ultraprocessados, que estão ligados a problemas como obesidade e doenças crônicas.

Dados relevantes

O estudo usou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao período de 2017 a 2018 e mostrou que quem consome mais ultraprocessados se afasta dos princípios da dieta planetária. Alimentos minimamente processados, como milho enlatado e vegetais frescos, são opções mais saudáveis e menos agressivas ao meio ambiente.

“Priorizar alimentos de origem vegetal é essencial para uma dieta sustentável”, diz Cacau.

Além dos danos à saúde, a produção de ultraprocessados envolve processos industriais que geram emissões de gases de efeito estufa e desequilíbrios ecológicos. O estudo reforça as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, que há dez anos já alertava sobre os riscos dos ultraprocessados.

“Essa pesquisa é um alerta para políticas públicas que incentivem escolhas alimentares mais conscientes”, conclui Cacau. 

A mensagem é clara: reduzir ultraprocessados é bom para você e para o planeta.

Fonte: USP


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